segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Vamos de poesias, meus amigos?

Judith, em seu mundo todo particular,
enxerga a transformação
do menino em homem.

Ana, com a sua permanente
emanação de felicidade,
incentiva a prática, mas alerta para
a tristeza recorrente das toadas.

Rocha, com seu olhar que desvenda
o mais misterioso dos espíritos,
congratula a nudez de mais um.

Flora exulta os mais alegres
e, amigavelmente, diz que queria
ter escrito alguns deles.

Brida adora o ecletismo
dos sons inspiradores
da escrita.

Evilásio revela marotamente
o uso indiscriminado
dos versos para conquistar
mais e novos corações.

Marcus aponta uma produção prolífica
e que vai levar mais de uma semana
para ler tudo, até que mais
30 serão publicados!

Júlio César promete
se tornar um leitor assíduo.

Armando se empolga e
quer que o mundo inteiro
me conheça em forma de poesia.

Zeh Gustavo me cobra
o chopp sempre prometido
e nunca bebido!

Ludmilla vê doçuras nas
minhas tristes palavras.

Sabrina pede permissão para
“legendar” suas fotos
com o meu “oceano”.

Glauco me encabula,
afirmando que
tudo que faço,
faço bem feito!

Adriana, primeiro, fica sem palavras e
se espanta diante de um (suposto)
talento até então desconhecido.

Camila filosofa sobre a prática,
enquanto desenha estrelinhas
no papel que insiste em
não ficar em branco.

Beto reafirma a amizade valiosa,
faz uma, segundo ele, “prosa besta”
e diz que quem domina
as palavras sou eu.

Aninha pergunta,
diretamente de Recife,
por que não publico um livro.

Teresa entra por acaso
e percebe a sinceridade
das palavras.

Valéria sorri manso
e vai decifrando sabiamente
as entrelinhas por aqui publicadas.

E eu?
Neste momento, admiro o céu.

Pois eu vejo que a poesia nos torna,
a cada dia, num vôo coletivo de gaivotas,
como se formássemos uma romaria
em busca da fé e do amor neste mundo
incompreendido e de solidão.

Se cada um sair daqui disposto
a abrir o livro de suas almas,
minha missão terá sido cumprida.

Assim, deito no silêncio do quarto
escuro e vou dormir em paz
pela paz de vocês.

Ao som de: “Pedaço de mim”, Chico Buarque

2 comentários:

  1. eita, que massa! tendências "drummondianas"? Muito legal =)

    Acho que agora terminei de ler todos, parabéns! Gosto dos versos que fluem leves... !!!

    e curiosidade... vc é de recife? com tantos "nação zumbi" e "cordel do fogo encantado" entre as playlist... desconfio! =D

    Até!

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  2. Salve, Teresa! Obrigado pela força! Na verdade, sou um carioca profundo admirador da cultura pernambucana. De Recife, além do Nação e do Cordel, gosto do Mula Manca (www.mulamanca.com), do Mundo Livre, do Quinteto Violado, do Otto... No final do ano passado estive por aí. Oh, terra boa!

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