quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Amargo dos dias

Meu olhar mudou.

Tenho me deparado com
novos e muitos horizontes.

Porém, minha visão
se apaixona
cada vez menos
por esta realidade.

Uma espécie de reencontro
já em tom de despedida.

Meu tempo parece ser outro,
vagando em busca de alento.

Estou invisível diante
desta existência.

Estou desconexo deste apego
pelas atuais verdades.

É utópico e pretensioso
querer ser apenas uma causa
das conseqüências deste
mundo que nos cerca.

Preciso de uma reinvenção
do presente que garanta um
sustento de sobrevivência.

Definitivamente, a poesia me curou.
Das ausências.
Das distâncias.
Dos desamores.

Apesar do gosto amargo,
deste ar sem cheiro e
da sensação de enjôo,
aprendi com o silêncio e
caminho confiante pelos
campos da solidão...

Pois esse sentimento
não pede nunca licença
para se manifestar.

Ao som de: “Alucinação” e “Fotografia 3x4”, Belchior + “Paula e Bebeto” e “Mãe”, Gal Costa

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