terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Meu lírico-eu

Quando deito
para meditar
no quarto escuro,
ao som do silêncio,
e na ausência do material,
eu penso no que sou,
penso no eu que sou,
quem sou eu,
sou eu quem,
para que eu sou,
sou eu para que,
quando sou eu,
eu quando sou,
quanto eu sou
e sou eu quanto.

No presente
deste agora
passado,
mas inevitável futuro,
posso dizer que
sou um aprendiz
de poeta.

Talvez o último romântico.
Quem sabe um kamikaze do amor.
Ou um sonhador errante,
movido pelas generosas pitadas
de arte, de música e de literatura.

No final deste breve e inquieto
pensamento, desejo mudar
esse mundo, por menor
que seja o movimento...

Ao som de: “Beradêro”, Chico César + “Filha da Chiquita Bacana”, Caetano Veloso + “Rockixe”, Raul Seixas

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