domingo, 13 de janeiro de 2008

Há um tempo...

Em equilíbrio.
No qual você descobre...

Que os velhos serão
sempre novos amigos.

Que os relacionamentos
perdidos e partidos
trazem valiosas lições.

Que a sinceridade
sobrevive mesmo diante
deste mundo material, seco
e de mentiras.

Que a paz necessita
da dor e da tristeza
para ser alcançada.

Que a delicadeza
da verdade é capaz
de inundar o mais
bravo dos corações.

Que o olhar
precisa da cegueira
para enxergar a riqueza
das cores.

Que cada lágrima
despencando dos meus olhos
representa a nudez desta fortaleza
existente nas minhas fraquezas.

E que esta alma embriagada
procura sua ressaca no presente.

Pena que meu amor
ainda não tenha encontrado
seu devido espaço neste tempo.

Mas os caminhos continuam livres
para que um dia, uma tarde ou uma noite,
esta fase possa, de novo, renascer.

Com ingenuidade.
Com generosidade.
Com cumplicidade.
Com fé.

Ao som de: “Cachorro-urubu”, Raul Seixas + “Drão”, Gilberto Gil + “A casca de banana que eu pisei”, Novos Baianos

4 comentários:

  1. "Minha alma tem o peso da luz
    Tem o peso da música
    Tem o peso da palavra nunca dita,
    prestes quem sabe a ser dita
    Tem o peso de uma lembrança
    Tem o peso de uma saudade
    Tem o peso de um olhar
    Pesa como pesa uma ausência
    E a lágrima que não se chorou
    Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros."

    legal, né?

    e, aliás... você tem ótimas inspirações musicais!

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  2. Teresa, lindo este poema da Clarice Lispector! Pelo visto, você tem ótimos gostos literários :-) Sinceramente, não consigo mais escrever se não tiver um som ligado. Depois que comprei um MP3 então...

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  3. Ah, e obrigado pela nova visita! :-)

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