Lembrei que ontem fui dormir embriagado de tristeza e desamor.
E acordei hoje com muita sede...
De conhecimento.
De presente.
De vida.
De paixão.
A sensibilidade da percepção gravita pelo meu corpo
como um pássaro preso em uma gaiola.
É como se a poesia pedisse licença para dizer tudo aquilo
que meu espírito está sentindo neste momento.
Pena que os meus dedos não acompanham
o frenesi da minha alma.
A estranha estrada da vida se iluminou novamente.
Qual rumo vou tomar?
As horas se desintegram no relógio da sala e
a resposta parece cada vez mais distante da realidade.
Ainda mais quando meus ouvidos reviram o baú do Raul e
curtem a fase racional e de universo em desencanto do Tim.
Sem falar nos olhos que percorrem as vidas secas e agrestes
dos personagens de Graciliano e desvendam as diferentes
personalidades literárias de Pessoa.
Eu busco esses momentos de submersão
para trabalhar o meu renascimento.
É como uma espécie de ritual de purificação.
Para ampliar os horizontes.
Para transcender deste mundo materialista.
Ao som de: “Que luz é essa?”, Raul Seixas + “Kilariô” (Di Melo), Seqüelas do Povo + "Ciranda da Bailarina", Chico Buarque e Edu Lobo + "Namorinho de portão" (Tom Zé), Penélope
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