Eu admiro a sabedoria que
brota no coração do pescador e
vai se materializar em seu olhar.
Através da mais pura intuição,
ele sabe que o amor é a tradução
perfeita do mútuo sentimento
existente entre a lua e o mar.
Pois é em noite de lua cheia que
o mar venera a transformação de
sua companheira noturna.
Ao abrir espaço em sua imensidão,
ele revela, ao mesmo tempo, a magia
e o espírito desta troca de energia.
A visão é um colírio para os
olhos cerrados dos mais racionais:
uma projeção prateada de raios lunares
cobre uma terra de mar seco infinito,
glorificando assim a capacidade de
percepção de uma horda de sonhadores.
Desta conjução,
surgem as liras românticas,
florescem as promessas e
firmam-se os compromissos.
O presente ultrapassa os medos
e o pescador consolida suas certezas,
contando os dias para celebrar,
pelo menos mais uma vez,
este espetáculo oriundo da natureza.
Ao som de: “Dança da Solidão”, Paulinho da Viola e “Por onde andei”, Nando Reis
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