quarta-feira, 30 de abril de 2008

Testamento

Descobri que na ausência
existe uma essência.
De uma presença que
insiste em faltar.

Sou solitude,
desta porteira
de sentimentos
que tento controlar.
E não revelar.

Sou amor
nos dias sem fim.

O riso transparente,
desta alegria permeada
também pela tristeza.

A generosidade que não
desiste de compartilhar.

O aprendiz que não se
cansa em experimentar.

Ao som de: “Não me arrependo”, Caetano Veloso + “Dois barcos”, Los Hermanos

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