quarta-feira, 26 de março de 2008

Do renascimento

Ganhei asas para voar em busca
de um novo tempo.

Onde eu possa repousar esses meus
sentimentos que não querem calar.

Descobrir um novo olhar que transforme
este espírito em desarmonia.

Materializar a esperança através do
mais simples e singelo gesto do amor.

Pronunciar as palavras que adormecem
neste coração petrificado.

Respirar os ares da renovação que se anuncia,
mas insiste em retardar os seus passos.

Vencer o medo da negação
e insistir nos caminhos.

Pois minha alegria renasce neste período
de tristeza, melancolia e incompreensão.

Meu peito aflora ao sentir as vibrações
sonoras de uma velha nova melodia.

O raciocínio, porém, insiste em não acompanhar os meus dedos.
Componho sem ritmo, sem rima e sem devoção.
Vou preenchendo os papéis instintivamente.
Mesmo sendo um tanto quanto racional.

Minha alma se transfigura.
Sigo em romaria com a fé em novos horizontes.
Descanso em paz.
Adormeço livre para celebrar mais um dia.
E um novo movimento.
E uma nova poesia que há de surgir.

Ao som de: “Lambada de serpente”, Djavan + “Pé da roseira”, Gilberto Gil

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