Talvez não haja espelho no mundo
capaz de refletir esta ebulição que
se manifesta internamente.
Pois é preciso coragem
para enxergar os erros
nas aparentes qualidades.
E lembrar que o movimento necessita
de seguidos e ritmados passos,
mesmo diante das inevitáveis rasteiras.
Pois é preciso persistência
para enfrentar os medos
de peito aberto e ouvidos atentos.
E reconhecer as distâncias
que sempre nos levam aos
habituáveis e cotidianos abismos.
Quero assim transfigurar
os meus olhares.
Marcar o meu corpo com
os símbolos das minhas
crenças e proteções.
Tornar a minha essência
uma certeza dessa existência
balzaquiana em desequilíbrio.
Quando encontrar os rumos da fé,
sei que os meus sentimentos
não vão se esconder jamais.
Ao som de: “Pega a voga, cabeludo”, Gilberto Gil
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