O sinal já estava vermelho há tempos.
E eu, na minha errante insistência, continuava a caminhar
entre o frenético e mutável tráfego do amor.
Até chegar o inevitável momento no qual você é atropelado
pelas circunstâncias e aprende, de vez, a lição.
Por isso, muito respeito às leis do trânsito do amor:
No verde, a paixão segue um fluxo inexplicável e em todas as direções;
no amarelo, a prudência já é o sinal de congestionamento em uma das vias;
e, no vermelho, chegou a hora de abandonar a rotineira condução
e confiar novamente nos inevitáveis instintos dos seus pés
como o verdadeiro prumo de seu caminho.
Ao som de: "Desalento", Chico Buarque
Nenhum comentário:
Postar um comentário