domingo, 6 de julho de 2008

Quinze minutos

Minhas palavras são mutantes.
Encontram-se em plena ebulição.
São incômodas. Inquietas.

Revelam segredos.
Perpetuam-se nos olhares.
Destilam a força de um coração.

É a poesia em transição.
Reforçando sua profissão de fé.
O significado de uma segunda chance nesta vida.

Longe dos círculos. Das rodas.
Teatrais. Convencionais.
Poéticas. Funcionais.
Literárias. Canalhas.

Não celebra o supérfluo.
Não se propaga no vácuo.
Não compactua com o vazio.
Não se aproveita da pobreza
deste analfabetismo letrado.
Fugindo das sem-ler-bridades.

Meu intuito, simples.
Antropofágico. Digerido.
Oceano. Profundo.
Horizonte. Irracional.
E sem rasteiras.

Eu quero, apenas.
Ser. Ler. Brindar.

A transfiguração de mais uma alma.

Ao som de: “Complexo de épico”, Tom Zé

Um comentário:

  1. adoro o jeito como você brinca com as palavras... é um jogo onde elas parecem dançar dentro dos meus ouvidos, mexem com meu racional e irracional. Ficou lindo, como sempre!

    =* beijinhos!

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