sábado, 31 de maio de 2008

Sementes da esperança

Tive um sonho estrelado.
E, hoje, acordei diferente.
Quero buscar a paz através da paz.
Plantar tal idéia nessa criança
que um dia existiu dentro de nós.
Pois é onde tudo começa e renasce.

Em vez de armas, portaríamos inteligência.
Em vez de tiros, dispararíamos gentileza.
Em vez de roubos, distribuiríamos generosidade.
Em vez de mortes, assistiríamos ao renascimento...

Da esperança,
na fé.

Das igualdades,
pelas diferenças.

Do som,
através dos silêncios.

Do amor,
por um mundo novo.

Do efêmero,
pela eternidade.

Ao som de: “Drão”, Gilberto Gil + "Beraderô", Chico César

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Tempestade

Ausente. Recluso.
Fé. Ilusão.
Multidão. Solidão.
Esperança. Descrença.

Material. Espiritual.
Deus. Diabo.
Pai. Filho.
Espírito. Santo.

Homem. Mulher.
Beijo. Boca.
Solteiro. Desquitado.
Amigo. Separado.

Pão. Alimento.
Povo. Escravidão.
Dor. Perdão.
Governo. Televisão.

Alegria. Presente.
Choro. Passado.
Sorriso. Futuro.

Gentileza. Dia.
Amor. Noite.
Pensamento. Tarde.

Artigo. Sujeito.
Preposição. Predicado.

Palavras são apenas tempestades.
Verbais. Faladas.
A um sabor impronunciável.
Escritas. Redigidas.
Com letras amargas.

O que me importa
na leitura desta vida,
é o significado prático
de seus entrelaçamentos.

Eis, assim, o renascimento da poesia.

Ao som de: “Namorinho de portão”, Tom Zé + "Non, je ne regrette rien", Edith Piaf
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