segunda-feira, 21 de julho de 2008

Real.idade.

Foi incapaz de apresentar a este mundo
o que seu mundo quis dizer.

Esta real idade que escorrega
por entre os dedos.

O cisco que (des)equilibra
a visão.

Uma ou duas palavras
que entorpecem
o espírito.

A cicatriz no peito com
e 100 (fres)curas.

Abusou das reticências quando
o tempo boçal só reconhece
os pontos finais...

Cantou à capela esta melodia
que pede o acompanhamento de
uma. Banda, de.

Heavy bossa nova.
Easy metal.
New samba.
Old pagode.

Sem. ti. menti. os.
Sentimentos.

Ir.real.idade.
d(iário)o(ficial).
Pô.É.Tá.

Ao som de: “Porque é proibido pisar na grama”, Jorge Ben + “Chiclete com banana”, Gilberto Gil + “Jumento”, Os Saltimbancos

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Luz, câmera e... (pre)visão!

O despejar das primeiras gotas de chuva
são o prenúncio de um novo sentimento
deste tempo que insiste em mudar.

Onde reinava a infinidade do azul do céu,
hoje restou uma cobertura acinzentada de tristeza.

Onde se enxergava a claridade da esperança,
sobrou o silêncio desta escuridão.

Estou sempre a um passo da (in)certeza.
Em busca da não-poesia.
Que reflita esta essência.
Mutante.
Errante.
Repetitiva.

De uma curta história.
Escrita em rascunho.
Sem final feliz.
Ou créditos.
Heróis, mocinhas e bandidos.

Um amor em movimento!
Sob roteiro de uma vida recheada de ilusão.
Luz, câmera e...

Ao som de: “Angústia”, Secos e Molhados + “Com medo, com Pedro”, Gilberto Gil + “Pequenos olhos”, Cibelle

domingo, 6 de julho de 2008

Quinze minutos

Minhas palavras são mutantes.
Encontram-se em plena ebulição.
São incômodas. Inquietas.

Revelam segredos.
Perpetuam-se nos olhares.
Destilam a força de um coração.

É a poesia em transição.
Reforçando sua profissão de fé.
O significado de uma segunda chance nesta vida.

Longe dos círculos. Das rodas.
Teatrais. Convencionais.
Poéticas. Funcionais.
Literárias. Canalhas.

Não celebra o supérfluo.
Não se propaga no vácuo.
Não compactua com o vazio.
Não se aproveita da pobreza
deste analfabetismo letrado.
Fugindo das sem-ler-bridades.

Meu intuito, simples.
Antropofágico. Digerido.
Oceano. Profundo.
Horizonte. Irracional.
E sem rasteiras.

Eu quero, apenas.
Ser. Ler. Brindar.

A transfiguração de mais uma alma.

Ao som de: “Complexo de épico”, Tom Zé

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Projeções, devaneios e sonhos

Subverti a lógica dos ponteiros deste relógio
que insiste em adiantar-se ao meu tempo.

Enganei a contagem dos dias,
o passar dos meses,
a virada dos anos.
Eu sou meu calendário.
Eu faço o meu presente.

Troquei os dias pelas noites.
Desenhei uma lua no lugar do sol.
Pintei estrelas neste céu azul,
que projetam esses trejeitos
e imagens no meu coração.

E ele não pára de pulsar.
Numa batida cadenciada
pelas palavras sussurradas
ao cair de mais uma tarde.

E nem esse frio na barriga
me incomoda (de)mais.
Pois meus sentimentos não desistem.
Resistem. Insistem. Neste seu olhar.

É a certeza do quanto eu quero você.
Aqui do meu lado.
Compartilhando todas essas sensações.

Ao som de: “Breathe” + “To Build a Home”, The Cinematic Orchestra

terça-feira, 1 de julho de 2008

Feira do coração

Meus amores. Quixotescos.
Seus amores. Improváveis.

Eu queria mesmo é que
o nosso amor removesse.
As distâncias.
As inseguranças.
Os medos.

Decidi rasgar essas mantas
que me (en)cobrem.
A racionalidade não manda
mais em mim!

O meu coração voltou
a bater no toque do
seu sorriso.

Iluminado por aquele pôr-do-sol
que você me presenteou ontem.

Pelos sonhos que nos
uniram mais uma vez.

Hoje, sou só sentimentos...
E eles deságuam todos em você.

Ao som de: “Luzia Luluza”, Gilberto Gil + “Eu quero mesmo”, Raul Seixas
Clicky Web Analytics